Por Assis Moreira | De Genebra
O Brasil, que lidera a produção global de açúcar, vai colocar pressão sobre a Índia – que ocupa o segundo lugar nesse ranking – hoje na Organização Mundial do Comércio (OMC) por causa dos generosos subsídios prometidos por Nova Déli a seus produtores.
Juntamente com parceiros como Austrália, União Europeia e Colômbia, o Brasil quer explicações no Comitê de Agricultura sobre a validade do programa indiano de subsídios tendo em vista as normas internacionais, por estimar que seus interesses possam estar sendo afetados.
O governo indiano aprovou subsídio de quase de US$ 50 por tonelada de açúcar exportado, a fim de reduzir o crescimento do estoque da commodity no país.
A ideia era suspender essa ajuda no fim do mês. Mas o governo agora avalia se prorrogará a medida. Daí o interesse ainda maior de outros exportadores em pressionar a Índia, no que ainda não é um contencioso, mas uma chamada ‘preocupação comercial’.
Por sua vez, o Paquistão levará à OMC um questionamento sobre os subsídios domésticos em geral concedidos para a agricultura da Índia, sua vizinha
Estudo do Grupo de Cairns, que reúne exportadores agrícolas – e que inclui o Brasil -, conclui que os subsídios da Índia que podem afetar o comércio internacional cresceram mais de 16%, o maior percentual entre os dez países examinados.
Na recente negociação de um acordo em Bali (Indonésia), na Conferência Ministerial da OMC, a Índia quase implodiu o pacote na mesa, até que conseguiu o direito de continuar com seus programas bilionários de subvenção a agricultores pobres.
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