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Roberto Parizotti/CUT

O PT deve registrar outro candidato, provavelmente Jaques Wagner ou Fernando Haddad, mas eles são bem menos competitivos, aponta Juliano Griebeler, da Barral M. Jorge

 

O pior dos cenários parece ter se desenhado para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (24). Além de sua condenação ter sido confirmada em segunda instância pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região de Porto Alegre, os três integrantes da 8ª turma do Tribunal votaram pelo aumento da pena em 12 anos e 1 mês.

Com isso, a decisão unânime reduz possibilidades do recurso de Lula. O único recurso disponível são os chamados “embargos de declaração”, que não permitem reverter a condenação. Esse recurso somente admite o esclarecimento de ambiguidades, pontos obscuros, contradições ou omissões no acórdão (documento que oficializa a decisão).

Para o diretor de Relações Governamentais da Barral M Jorge, Juliano Griebeler, embora não seja o fim da candidatura de Lula, é altamente improvável que o ex-presidente e não esteja presente nas eleições, apesar de haver recursos para que isso ocorra.

“O PT deve registrar outro candidato, provavelmente o ex-governador da Bahia Jaques Wagner ou ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad”, afirma o analista político. Contudo, aponta, ambos são muito menos competitivos do que o ex-presidente e não atraíram tantas alianças regionais com outros partidos.

Além disso, afirma, sem Lula, a tendência é que o PT tenha uma grande redução no número de cadeiras no Congresso Nacional. “O PT perdeu uma grande parte de sua capacidade de mobilização popular e as manifestações dificilmente atraíram um público extremamente grande” destaca Griebeler.

De qualquer forma, o momento mais delicado será, caso ocorra, o de se cumprir a sentença e prender o ex-presidente.

E na economia, quais são os efeitos? Griebeler aponta que a decisão trata um otimismo temporário, mas não deve ter influência no longo prazo. Afinal, ainda há muitos desafios a serem enfrentados: “o governo ainda precisa aprovar várias propostas no Congresso Nacional para alcançar o déficit previsto para 2018. O principal desafio será a aprovação da Reforma da Previdência.

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