Evento foi o quarto encontro promovido pela Rede de Comércio Internacional (RPI). Foto: Divulgação
A mesa redonda sobre o futuro da política comercial brasileira reuniu na quinta-feira (12), no Instituto Rio Branco, propostas sobre como o Brasil pode aproveitar o novo patamar do câmbio para intensificar a integração de sua economia com o mundo.
O evento contou com a presença de Daniel Godinho, Secretário de Comércio Exterior; Welber Barral, Sócio-Diretor da Barral M Jorge; Ana Repezza, Gerente da Apex-Brasil e Jorge Arbache, Professor de Economia da UnB. O encontro foi promovido pela Rede de Política Internacional (RPI) – organização independente que reúne tomadores de decisão do setor público e privado para debates estratégicos em Brasília.
Gabriel Petrus, consultor da Barral M Jorge e membro da RPI, explica a importância do estabelecimento da Rede como resposta propositiva ao momento de crise vivido pelo país. “Com a Rede, estabelecemos um espaço permanente na capital federal para que diferentes atores – do setor público, privado e academia – debatam e construam novos consensos sobre os desafios da agenda internacional e doméstica”.
Confira abaixo algumas das avaliações e propostas apresentadas pelos participantes no seminário:
Daniel Godinho, MDIC: “O Plano Nacional de Exportações é uma das janelas de oportunidades criadas pelo governo para expandir a inserção do país na economia internacional. Além disso, Brasil deve perseguir não apenas acordos tarifários, como também entendimentos que promovam harmonização regulatória e diminuam as barreiras ocultas ao comércio internacional”.
Welber Barral, BMJ: “Para que o Brasil aproveite o novo patamar cambial para voltar a exportar e crescer precisamos fazer nossa lição de casa: investir em P&D, diminuir o custo Brasil, e realizar a reforma tributária”.
Ana Repezza, APEX: “Estamos diante de uma grande oportunidade para conquistar novos mercados. Identificamos vários países potencialmente competitivos para novos exportadores brasileiros. Além disso, é importante prepararmos o empresário sobre como exportar: a gestão é um dos maiores desafios”.
Jorge Arbache, professor de Economia da UnB: “Brasil deve se reposicionar diante dos mega-acordos regionais, como o TPP. Precisamos reorientar nossa política conscientes de que não é mais a indústria que gerará riqueza, e sim o que está ao redor dela: a rede de serviços, que é internacional”.
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