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Argentina volta a restringir importações do Brasil

By 23 de março de 2016No Comments

Resolução recente do governo Argentino ampliou a lista de itens importados que requerem licenças não automáticas para entrada no país. A medida, que passou despercebida por muitos, pode ser entendida como uma tentativa de contenção do superávit brasileiro no primeiro bimestre.

A lista engloba produtos metálicos, de ferro, de aço, laminados e máquinas, entre outros. Tais produtos afetam diretamente o setor automobilístico, o qual teve o melhor desempenho nas exportações. As vendas de veículos do Brasil chegaram a cifra de quase US$ 520 milhões, crescimento de 82,3% em relação ao mesmo período de 2015.

O consultor de Relações Governamentais da Barral M Jorge, Paulo Bedran, apontou que a nova medida pode sinalizar a não aderência do governo argentino ao acordo de livre comércio, que vem sendo negociado com o Brasil. Ouça abaixo:

No início deste ano, o atual presidente da Argentina Mauricio Macri havia retirado as restrições de importação praticadas pela ex-presidente Cristina Kirchner. O ato gerou um impacto positivo para economia brasileira, que obteve um aumento de US$ 573 milhões em exportações, se comparado com o mesmo período no ano anterior. Se as negociações continuarem nesse ritmo, analistas econômicos preveem que o saldo em favor do Brasil poderá chegar a US$ 6 bilhões, número recorde entre os dois países.

O sócio da Barral M Jorge, Welber Barral, afirmou ao Valor Econômico que a Argentina não deve tomar medidas drásticas de restrição à importação por conta da recente decisão da OMC, que determinou a eliminação das licenças antecipadas de importações e da exigência de declarações juradas, marca da gestão de Cristina. E complementou ainda que “medidas altamente restritas vão contra as propostas de governo apresentadas por Macri”, afirmou Barral.

 

Leia a matéria completa do Valor Ecônomico. 

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