De acordo com a pesquisa Desafios à Competitividade das Exportações Brasileiras, os Estados Unidos e a União Europeia são considerados os parceiros mais atrativos para acordos comerciais, de acordo com a maioria dos empresários brasileiros que trabalham com exportações. O estudo, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com a Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), apresenta os dados fornecidos por 847 empresas de pequeno, médio e grande portes de todo o país que exportaram em 2015.
Quando questionados sobre quais países desejariam fazer acordos comerciais, a grande maioria (23,9%) mencionou os Estados Unidos, seguido por China (6,8%), México (3,7%) e Argentina (3%). Em relação aos blocos econômicos, 16,1% citaram a União Europeia como preferência, 3,9% o Mercosul e 2,8% o Nafta (em português, Acordo Norte-Americano de Livre Comércio, que abrange EUA, México e Canadá).
O Sócio da Barral M Jorge, Welber Barral, conversou com o portal da Revista IstoÉ e explicou que, apesar de importante, o Mercosul é visto como um bloco problemático, ainda mais agora que vive uma crise institucional já que está sem comando desde o fim de julho. “Há muita crítica ao Mercosul que, de fato, agora está atravessando um momento ruim. O bloco é lento para tomar algumas decisões, mas é quem compra a maior parte dos manufaturados brasileiros”, afirmou Barral.
Barral destaca que o maior atrativo para o Brasil, no bloco, é a Argentina, um dos três principais parceiros comerciais brasileiros. “A Argentina tem várias barreiras burocráticas, mas isso melhorou muito no governo Macri”, afirma Barral. Exemplo disso foi o acordo de facilitação de comércio bilateral, fechado no início desse mês, que reduziu a burocracia de exportação entre os dois países.
Sobre a expansão de acordos, Barral afirmou que “recentemente, o Mercosul e a União Europeia retomaram as tratativas para um acordo de livre comércio. Os dois blocos econômicos trocaram ofertas, em maio, com as listas de produtos que estão dispostos a desonerar. É um acordo extremamente importante, não só para o Mercosul, mas para a Europa. Mas é um acordo difícil, que provavelmente ainda vai levar alguns anos [para ser concluído]”, prevê Barral.
Além da necessidade de acordos comerciais, os empresários ouvidos na pesquisa apontaram que os principais entraves à competitividade das exportações brasileiras são o custo do transporte, as tarifas cobradas por portos e aeroportos e a baixa eficiência governamental no apoio à superação de barreiras às exportações. De acordo com Welber Barral, o custo da logística tem forte impacto sobre a competitividade das exportações brasileiras. “Para se ter uma ideia, levar um contêiner da China até Santos é mais barato do que de Santos a São Paulo”, comenta.
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Texto e Assessoria de Comunicação
Camilla Azeredo
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