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Brasil perde posições e é 51º em índice de competitividade

By 30 de maio de 2013No Comments

Por Assis Moreira | Valor

O Brasil perdeu cinco posições e caiu para 51º lugar entre 60 países numa classificação anual de competitividade, publicado pelo Centro de Competitividade Mundial do IMD, uma das melhores escolas de gestão da Europa. A queda é ainda mais significativa quando se considera que o país era 38º em 2010, declinando desde então.

A principal razão da queda do Brasil é atribuída à falta de eficiência do governo, em um indicador que mistura problemas de burocracia, atraso de reformas estruturais ou falta de implementação de projetos já decididos. Nesse item, o Brasil fica em 58º lugar, com a eficiência governamental superando apenas a de dois outros países.

Numa pesquisa com executivos sobre os principais fatores de atração de suas economias, as respostas apontam 78% para o dinamismo da economia e apenas 1% para a competência do governo.

O país é apontado como o campeão de barreiras às importações, além de ter sua competitividade prejudicada por causa do spread nos juros, problemas na criação de novas empresas, nível de impostos sobre as empresas, problemas nas aduanas, etc.

Para o IMD, os desafios que o Brasil enfrenta em 2013 incluem promover política de eficiência nacional para manter estabilidade de preços e crescimento, e concentrar esforços no lado da oferta da economia: produtividade, infraestrutura e custos do trabalho

“No fim das contas, a regra de ouro da competitividade é simples: manufatura, diversidade, exportação, investimento em infraestrutura, educação, apoio a pequenas e médias empresas, disciplina fiscal e acima de tudo coesão social”, diz o professor Stephane Garelli, diretor do centro de competitividade.

O relatório de competitividade do IMD concorre com outro, mais amplo, elaborado pelo Fórum Mundial de Economia. São documentos destinados às grandes empresas, gerando um bom negócio empresarial cada ano.

Este ano, o IMD coloca o Brasil no lado dos perdedores junto com europeus em crise, além da Argentina, Venezuela e mesmo o Chile. E estima que os latinos estão perdendo terreno para a competitividade de nações da Ásia.

Já o México é apontado no relatório como tendo recuperado ligeiramente sua competitividade, que precisa ser confirmada por implementação de reformas estruturais.

O professor Stephane Garelli diz que a América Latina decepcionou, mas nota que há grandes companhias globais em toda a região.

Os EUA retomaram o primeiro lugar no ranking de competitividade, em razão de recuperação de seu setor financeiro, muita inovação tecnológica e companhias bem sucedidas.

Entre os dez primeiros, três são europeus: Suíça em 2º, Suécia em 4º e Alemanha na 9ª posição.

Os Brics, grupo dos grandes emergentes, têm diferentes desempenhos de competitividade: China na 21ª posição, Índia na 40ª, Rússia na 42ª, Brasil na 51ª e África do Sul na 53ª – todos em queda. No geral, os emergentes continuam altamente dependentes da recuperação da economia global.

Para Garelli, em todo caso esses grandes emergentes continuam a ser terras de oportunidade para as empresas.

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http://www.valor.com.br/brasil/3143942/brasil-perde-posicoes-e-e-51#ixzz2V9vyRkc6

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