A presidente afastada Dilma Rousseff leu na última terça-feira (16) uma carta destinada ao povo brasileiro e aos senadores, em uma tentativa de evitar sua cassação. No documento, Dilma reconheceu que cometeu erros no seu governo, mas reafirmou todo o processo como um golpe e endossou a realização de eleições presidenciais antecipadas.
Em conversa o portal Infomoney, Juliano Griebeler, Coordenador do Núcleo de Análise de Risco Político da BMJ, afirmou que apesar do esforço da Presidente, a carta é um ato político incapaz de reverter o resultado do impeachment. “Dilma tenta repetir a carta de Lula ao Povo Brasileiro [de 2002]”. Entretanto, a mudança de comportamento e as propostas chegaram muito tarde e não seguem o que a Presidente vinha praticando. “Também é visível nas últimas semanas um afastamento entre ela e o Partido dos Trabalhadores, o que deve se acentuar ainda mais após a conclusão do julgamento”, afirma o Consultor.
A situação de Dilma é complicada já que na votação da semana passada, 59 senadores votaram pela aceitação do impeachment e no julgamento final do crime de responsabilidade– que deve ocorrer no próximo dia 25 – são necessários apenas 54 para que a decisão seja definitiva. Nesse cenário, Juliano ressaltou ainda que a carta dá indícios de que Dilma não pretende renunciar e levará o processo até as últimas consequências
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Camilla Azeredo
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