A repercussão do imbróglio jurídico sobre o “prende e solta” de Lula, que quase deixou a prisão no último domingo (8), reacendeu a militância e reforçou a estratégia do PT de manter a candidatura do ex-presidente até o último minuto. Preso e condenado na Lava Jato por um tribunal colegiado em janeiro deste ano, o petista deve ter o registro de candidato negado pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa, após ser apresentada em 15 de agosto.
Apesar de saber que a tentativa de Lula de voltar ao Palácio do Planalto não passa de um conto de fadas, a ala lulista do PT ganha tempo e lucra politicamente com esse discurso, complicando o complexo cenário eleitoral deste ano e tornando-o ainda mais nebuloso e incerto. Para analistas políticos, quem mais perde com essa estratégia é o eleitor, que tem dificuldade em definir seu voto.
Mesmo que tenha a candidatura impugnada, Lula e o PT prometem recorrer na Justiça e arrastar uma decisão final para depois das eleições de outubro. “Podemos chegar a esse imbróglio, de ter o nome de Lula na urna eletrônica. É a aposta no caos”, avalia André Pereira César, da Hold Assessoria Legislativa. “A insegurança sobre a participação de Lula ajuda a aumentar a instabilidade política e as repercussões de qualquer ação do ex-presidente”, avalia Juliano Griebeler, diretor de relações governamentais da Barral M Jorge Consultoria.
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