A citação ao Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli feita pelo ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, deixou tensas as relações entre o STF e os procuradores. O Ministro do STF, Gilmar Mendes, acusou o Ministério Público Federal (MPF) de vazar informações sobre o acordo de delação da OAS. Já o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, negou que os procuradores tenham recebido delação citando Toffoli e considerou que a informação de que eles teriam recebido tal informação seria uma forma de pressionar o MPF a aceitar a delação.
Em entrevista ao portal Infomoney, Juliano Griebeler, Coordenador do Núcleo de Análise de Risco Político da BMJ, afirmou que o vazamento das delações ainda não acatadas pela Justiça tem sido uma prática comum. Porém, segundo Juliano, há três novidades desta vez: o envolvimento de um Ministro do STF (Dias Toffoli), a suspensão pela PGR da negociação da delação com a OAS e o tom crítico adotado por outro ministro (Gilmar Mendes). Ademais, é importante ressaltar as dúvidas quanto à delação, visto que Janot afirma que elas nunca ocorreram.
Com relação à crítica de Mendes, o analista disse que ela visa colocar um limite nas investigações. “O STF não aceitará que seus ministros sejam tratados da mesma forma que políticos e empresários acusados”. Segundo o analista, por estar na posição de juiz, há mais liberdade do que políticos para usar tom crítico contra operações com grande apelo popular.
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Edgard Vieira
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