O segundo turno das Eleições de 2022 está sendo marcado por propagandas incisivas e pouco propositivas. No próximo domingo (16), os candidatos à Presidência Jair Bolsonaro (PL) e Lula da Silva (PT) vão protagonizar o primeiro debate da segunda fase das campanhas. Esse tema e as principais movimentações políticas da semana são analisadas por nossos consultores, Érico Oyama, Gabriela Rosa, Gabriela Santana e Raquel Alves neste episódio.
Na avaliação dos nossos especialistas, Bolsonaro vai preparado para atacar Lula no debate. A estratégia do Presidente será tentar repetir a cena do Padre Kelmon com Lula e despertar o antipetismo novamente. Na outra ponta, a campanha de Lula tenta desatrelar a imagem do candidato ao Partido dos Trabalhadores e “desvermelhizar” a campanha, incluindo as cores da bandeira. Nesta fase, Lula ganhou o apoio da ex-candidata Simone Tebet (MDB) e essa aliança será explorada para conquistar os votos dos eleitores que prezam pela neutralidade e discurso pacífico. Já o Presidente Jair Bolsonaro tem a primeira-dama Michelle Bolsonaro e a senadora eleita Damares Alves fortalecendo a campanha para converter votos femininos e evangélicos.
Olhando para o Congresso Nacional, o próximo Presidente terá um parlamento majoritariamente bolsonarista e de Centrão. Bolsonaro quer ajuda dos congressistas eleitos e reeleitos para conquistar votos. A sigla do Presidente, o Partido Liberal, garantiu as maiores representações nas Casas. Na Câmara foram eleitos 99 deputados federais e no Senado, oito, totalizando a bancada de 13 parlamentares. Além dos parlamentares, os apoios dos governadores e candidatos aos governos dos estados serão importantes para Bolsonaro e Lula, e nossos consultores comentam.
Também nesta semana, o Presidente Bolsonaro sinalizou que poderá aumentar o número de ministros no Supremo Tribunal Federal caso seja reeleito. Essa movimentação foi bastante criticada por juristas e personalidades importantes da política nacional. O Presidente recuou e chegou a afirmar que a imprensa inventou a notícia. Mesmo assim, nossos consultores analisam o histórico de Bolsonaro com o Poder Judiciário e como essas interferências poderiam afetar a autonomia do STF e da Justiça. Nossos consultores apontam uma fragilidade institucional e relembram que essas movimentações já aconteceram na era Vargas e durante a ditatura militar.
As movimentações dos candidatos à Presidência e os destaques políticos da semana você confere neste episódio. Confira!
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