Na noite de ontem, dia 11, a Comissão Especial de Impeachment da Câmara dos Deputados aprovou, por 38 votos a favor e 27 contrários, o parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO), que recomenda a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

O parecer segue agora para apreciação no plenário da Casa. A votação, que deve durar entre dois e três dias, tem início na próxima sexta-feira, dia 15. Caso o resultado seja favorável a continuidade do processo de impeachment, a proposta será encaminhada para avaliação da cúpula do Senado. 

A revista americana TIME entrevistou o consultor de Relações Governamentais da Barral M Jorge, Juliano Griebeler, que apontou que as maiores chances do PT de barrar o impeachment estão justamente na votação pelos Deputados. “No momento, a derrota do processo no plenário ainda é um cenário possível, entretanto, novas fases da Operação Lava-Jato poderiam inflamar os protestos contra o governo”, afirmou o consultor.

De acordo com Juliano, o Palácio do Planalto tem ofertado cargos e emendas visando garantir que o quórum de 342 votos necessários para aprovação do processo não seja atingido. Entretanto, a mesma articulação tem sido feita pelo PMDB e partidos da oposição já pensando em um futuro governo sem o PT.

Ainda, posição dos líderes partidários do PR e do PSD de votarem a favor do processo na comissão especial, pode levar o PP, terceira maior bancada da Câmara, a votar contra o governo – 9 diretórios estaduais do partido já se posicionaram a favor do impeachment. “É possível que ocorram traições partidárias até domingo, deputados indecisos sobre o impeachment estão sendo pressionados por seus eleitores a reverem sua posição. O tamanho das manifestações irá influenciar decisivamente no resultado de domingo”, afirmou Juliano.

 

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