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Foto: Alexandre Carvalho/A2img | Infomoney

As movimentações para as eleições de 2018 já estão intensas e um dos grandes pontos de atenção do mercado fica para a denição sobre a candidatura do PSDB, que deve ocorrer ainda em dezembro, na convenção nacional do partido. Enquanto o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin , já anunciou a sua intenção de se pré-candidatar, o prefeito de São Paulo, João Doria, corre por fora e, apesar de não ter manifestado sua intenção de concorrer com seu padrinho político, foi sondado por partidos como DEM e o PMDB para lançar sua candidatura.

Os convites vêm balizados nas últimas pesquisas de intenção de voto: desde que assumiu a prefeitura paulistana, Doria tem tido resultados melhores que Alckmin (conforme pesquisa do DataPoder360 de agosto, o prefeito teria 12% dos votos, ante 4% do governador), enquanto o Instituto Paraná apontou em pesquisa online que 40,3% veem o prefeito como melhor candidato à presidência, ante 13,2% do governador. Com esse cenário desenhado, quem se mostra como o candidato mais competitivo do partido?

Conforme aponta o diretor de Relações Governamentais da Barral M. Jorge, Juliano Griebeler, o prefeito paulistano tem mais forças para disputar a eleição caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva saia de fato como candidato. O petista foi condenado pelo juiz Sérgio Moro no caso triplex do Guarujá e uma eventual condenação em segunda instância impediria sua candidatura à presidência.

“Alckmin, visto como um político tradicional, terá pouca vantagem de sua imagem pessoal concorrendo contra Lula. Já Doria, caso o ex-presidente do PT saia de fato como candidato, poderá se apresentar como algo diferente, o que trará mais apelo à sua candidatura”, aponta o analista político.

Em suas falas em público, Doria faz críticas contundentes a Lula e ao PT. Além disso, seu discurso de que “não é político, e sim um gestor” pode beneciá-lo em um cenário de rejeição total da população à classe política.

Se Lula não competir, Griebeler espera uma eleição despolarizada, com diversos partidos lançando candidatos, diferente dos embates “PT x PSDB” que vimos em quase todas as eleições presidenciais. “Com a reforma política em discussão, ainda não há certeza de quais serão as regras do jogo para 2018, entretanto, é certo que o sentimento de vontade de mudança da população será um dos principais fatores para a escolha do próximo presidente .

O partido que conseguir se colocar como uma nova alternativa e transmitir a mensagem de anti status quo para seu eleitorado terá uma vantagem”, aponta o analista.

Já em um terceiro cenário, que seria uma eleição com poucos candidatos e políticos tradicionais, o governador paulista tenderia a se sair melhor, mas esse não é o cenário provável, na opinião de Griebeler.

Outra possibilidade pouco provável para ele é a mudança de legenda de Doria para viabilizar a sua candidatura. “É preciso vericar qual seria a percepção do eleitorado ao trocar de partido, não é certo que Doria conseguiria se colocar como algo novo se aliando ao PMDB, por exemplo”, aponta.

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