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Para Azevêdo, países emergentes ainda são ‘motor importante’ da expansão mundial

By 12 de fevereiro de 2014No Comments

As economias emergentes continuarão sendo um ‘motor importante’ da expansão do comércio mundial em 2014, avalia o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo. Segundo ele, os emergentes continuam com taxas de crescimento ‘mais vantajosas e interessantes’ que as economias desenvolvidas.

‘Os emergentes não estão com o mesmo vigor, a mesma pujança dos primeiros momentos que se seguiram à crise global, mas isso é natural’, afirmou Azevêdo. ‘Sabia-se que aquela pujança ia diminuir um pouco, porque os efeitos da crise iam chegar ali.’

Para o diretor da OMC, ‘era inevitável’ que os efeitos da crise chegassem aos emergentes em certo momento. ‘Mas é confortante ver que, apesar de todos esses efeitos, eles continuam evitando deflação, recessão.’

Conforme relatório da OMC aos países-membros, em 2013 o comércio internacional cresceu abaixo dos 2,5% previstos. Para 2014, a entidade agora fala em expansão de 4% a 4,5%, quando antes era mais incisiva no segundo percentual. Calcula que a expansão das trocas globais continuará abaixo da média histórica de 5,5% dos anos 90. Para analistas, o comércio mundial não cresce mais pela falta de demanda, e não por barreiras impostas por bom número de países.

Embora veja o terreno sendo gradualmente pavimentado para um crescimento mais acelerado das exportações, a OMC alerta para vários riscos que pesam sobre a economia global e que podem mudar esse cenário.

Exemplifica com efeitos da retirada da política monetária excepcionalmente expansionista nos EUA; negociação sobre o limite de divida dos EUA; ameaça de deflação e persistente crescimento baixo na zona do euro; expectativa de consolidação fiscal no Japão; e uma desaceleração mais forte no crescimento dos emergentes.

Parece claro que as turbulência na América Latina e Ásia, dependendo de sua persistência, vão enfraquecer a demanda por bens e serviços originários da zona do euro, EUA e Japão, podendo arranhar a incipiente recuperação dos desenvolvidos, concordam analistas.

Isso é ainda mais importante, quando se considera que, apesar da desaceleração das economias emergentes, esses países ainda respondem por uma fatia maior que a dos países mais ricos no crescimento do comércio internacional. (AM)

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